Por Thiago Vallim*
Já está claro que vivemos
um momento histórico de luta pela educação brasileira.
Vai se consolidando com cada vez mais força uma corrente de sujeitos
sociais em movimento por uma causa justa. Poucas vezes em nosso passado
nacional se viu tamanha integração entre movimento discente e docente...
Não é maravilhoso?
Hora de fazer perguntas fundamentais, que há muito ficavam restritas a
certas aulas inspiradoras, daquele certo professor ou professora que a
gente admira.
Que tipo de universidade realmente queremos? Que tipo de sociedade temos
sido e qual desejamos nos tornar desde já? Quem somos nós diante da
atual conjuntura sócio-política neste país, onde cada vez mais a sagrada
arte pedagógica é tratada por nossos governantes como simples
mercadoria e dados estatísticos puramente quantitativos? O que podemos
fazer por nós mesmos e pelas próximas gerações?
Enfim: que sonho vale à pena sonhar e viver?
Talvez seja o instante de também chamar a
responsabilidade para si. E o momento é AGORA! A história se faz no
presente! E os protagonistas são aqueles que se reconhecem como tais!
Apenas pessoas em processo de auto-reflexão e dispostos a uma genuína
emancipação da consciência têm a força necessária para causar as
transformações externas que já lhe nasceram no coração.
Toda voz que clama por princípios legítimos é tremendamente importante e
seus impactos se desdobram de formas impossíveis de se prever.
E a voz composta por uma de uma multidão de vozes, até onde pode alcançar?
Vale à pena tentar descobrir! Podemos fazer parte da construção de um ideal realmente positivo...
Já foi provado que um movimento político inteligente, estratégico,
pacífico, articulado e apaixonado, é capaz de fazer grandes poderes se
dobrarem às aspirações pelas quais se move.
É bonito ver este momento em que se torna visível um processo de despertar coletivo, com a
união solidária de professores e alunos em prol do futuro do ensino superior brasileiro.
E é bom lembrar que os atuais alunos são os professores e profissionais de
logo mais, atuando em todas as esferas de formação e reprodução humana e
social.
Será que estamos assistindo o germinar de uma linda semente de tempos
melhores e mais humanos nas escolas e universidades, e por consequência
nos múltiplos espaços de nossa sociedade? Quem pode dizer?
A pessoa de mente aberta descobre que da boa crítica também se extrai otimismo.
Que todos os que se sentirem tocados por esta pequena mensagem de ânimo,
também se sintam convocados à mobilização, que pode ser realizada de
inúmeras maneiras, inclusive de formas bastante simples e aparentemente
menos visíveis, em casa, no trabalho, com amigos, etc.
Lembre-se: o que você pensa e diz, com consciência crítica e auto-crítica, faz toda diferença, mesmo que não pareça!
Então,
sejamos nós mesmos a mudança que desejamos ver materializada na realidade!
Tudo tende a se reconstruir a partir da multiplicação de uma nova forma
de se entender e agir quando nos descobrimos no interior de uma
coletividade disposta a reinterpretar-se.
É isso aí. Avante!
* Thiago Vallim é estudante de Serviço Social (UFTM)
Fonte: Blog Serviço Social UFTM
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