Brasília, 21 de maio de 2012
Por que os (as) professores (as) das Instituições Federais estão em greve?
A defesa do ensino público, gratuito e de qualidade é parte
essencial da história do Sindicato Nacional das Instituições de Ensino
Superior (ANDES-SN), assim como a exigência da população brasileira, que
clama por serviços públicos, com qualidade, que atendam às suas
necessidades de saúde, educação, segurança, transporte, entre outros
direitos sociais básicos.
Os(as) professores(as) federais estão em greve em defesa
da Universidade Pública, Gratuita e de Qualidade e de uma carreira
digna, que reconheça o importante papel que os docentes têm na vida da
população brasileira.
O governo vem usando seguidamente o discurso da crise
financeira internacional como justificativa para cortes de verbas nas
áreas sociais e para rejeitar todas as demandas feitas pelos servidores
públicos federais por melhores condições de trabalho, remuneração e,
consequentemente, qualidade no serviço público.
A situação provocada pela priorização de investimentos do
Estado no setor empresarial e financeiro causa impacto no serviço
público, afetando diretamente a população que dele se beneficia.
Pela reestruturação da carreira
Há anos os(as) professores(as) vêm lutando pela
reestruturação do Plano de Carreira da categoria, por acreditarem que
essa reivindicação valoriza a atividade docente e, dessa forma, motiva a
entrada e permanência dos profissionais nas instituições federais de
ensino. No ano passado, o ANDES-SN assinou um acordo emergencial com o
governo, que previa, como um dos principais pontos, a reestruturação da
carreira até 31 de março de 2012. Já estamos na segunda quinzena de maio
e nada aconteceu em relação a essa reestruturação.
Para reestruturação da carreira atual, desatualizada e
desvirtuada conceitualmente pelos sucessivos governos, o ANDES-SN propõe
uma carreira com 13 níveis, variação remuneratória de 5% entre níveis, a
partir do piso para regime de trabalho de 20 horas, correspondente ao
salário mínimo do DIEESE (atualmente calculado em R$2.329,35). A
valorização dos diferentes regimes de trabalho e da titulação devem ser
parte integrante de salários e não dispersos em forma de gratificações.
Pela melhoria das condições de trabalho nas Instituições Federais
O começo do ano de 2012 evidenciou a precariedade de várias
instituições. Diversos cursos em Instituições Federais de Ensino – IFE
tiveram seu início suspenso ou atrasado devido à precariedade das
Instituições.
O quadro é muito diferente do que o governo noticia.
Existem instituições sem professores, sem laboratórios, sem salas de
aula, sem refeitórios ou restaurantes universitários, até sem
bebedouros, afetando diretamente a qualidade do ensino.
Ninguém deveria ser submetido a trabalhar, a ensinar ou a
aprender num ambiente assim. Sofrem professores, estudantes e técnicos
administrativos das Instituições Federais de Ensino. E num olhar mais
amplo, sofre todo o povo brasileiro, que utilizará dos serviços de
profissionais formados em situações precárias e que, se ainda não têm,
pode vir a ter seus filhos estudando nessas condições.
Por isso convidamos todos a se juntarem à nossa luta. Essa
batalha não é só dos(as) professores(as), mas de todos aqueles que
desejam um país digno e uma educação pública, gratuita e de qualidade.
Para saber mais sobre a greve e as negociações com o governo acesse: www.andes.org.br
A Educação pública, gratuita e de qualidade é um direito de todos.
Comando Nacional de Greve - ANDES-SN
Fonte: ANDES-SN
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