quinta-feira, 19 de julho de 2012

A Assembleia Geral dos Docentes da UFTM rejeita proposta do governo e mantém a greve


Os docentes da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM-Uberaba), em Assembleia Geral (AG),realizada no dia 17 de julho de 2012, às 14h, no anfiteatro B, do Centro Educacional e Administrativo (CEA), rejeitaram, por unanimidade, a proposta apresentada pelo governo federal, porém ressaltam que estão abertos a negociação. Por unanimidade, a AG dos Docentes da UFTM também aprovou a manutenção da greve e o desenvolvimento de ações para intensificar a mobilização.

A proposta foi rejeitada pelos docentes da UFTM por não contemplar itens da pauta nacional, como a melhoria das condições de trabalho, além de consolidar o produtivismo nas universidades, incentivar uma contra-reforma universitária associada a uma reforma gerencial em curso no Estado brasileiro; estimular um “novo” padrão de IES, que prioriza somente a formação imediata da força de trabalho e favorecer processos de privatização.

Sobre a proposta apresentada pelo governo, os docentes da UFTM destacaram que a tabela salarial é desproporcional e o aumento de 45% contemplaria somente uma pequena parcela da categoria docente. No caso da UFTM, especificamente, que possui aproximadamente 482 professores efetivos e ativos,apenas 11 professores (menos de 2%) seriam contemplados com esses 45%. Já os docentes em início de carreira e/ou sem doutorado receberiam aumento de somente 16%. Na avaliação da AG e do CLG dos docentes da UFTM, a proposta ainda não segue a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), pois quer estipular 12h/a aula como o mínimo de carga horária obrigatório. Este aumento na relação à carga horária mínima vigente, que atualmente é de 8 horas/aula, resultará em dificuldades para a manutenção da pesquisa e da extensão, atividades docentes importantes e que ao lado do ensino, formam o tripé universitário.

A AG também, por unanimidade, aprovoua indicação de iniciativas políticas que devem ser realizadas pelo movimento, via CNG/ANDES-SN: consolidar a pauta nacional, repactuar do REUNI 1(antes do REUNI 2), EBSERH (manter a coordenação dos HUs), rediscutir a FUNPRESP e realizar esclarecimentos à comunidade sobre a greve e sobre os motivo que levaram os docentes a rejeitarem a proposta do governo.

Por fim, a AG também, por unanimidade, foi a favor da publicação de uma nota paga em jornal de grande circulação, direcionada à comunidade,esclarecendo sobre os motivos dos docentes continuarem em greve e esclarecendo que a pauta nacional é mais ampla, não é só salarial. Nessa nota também se deveevidenciaras verdadeiras condições de trabalho dos professores, ressaltar que muitos desses problemas estão associados à implementação do REUNI sem planejamento nas IEs. Também foi aprovado, por unanimidade, utilizar a Rádio e a TV universitária para divulgar o movimento, esclarecer sobre a greve e desmascarar a proposta do governo.

Ficou marcada para próxima semana uma nova assembleia dos docentes da UFTM em que será avaliada a reunião do governo, agendada par o dia 23 de julho, com as entidades representativas dos docentes.

A GREVE É FORTE. A LUTA É AGORA!

ADUFTM-SSIND e Comando Local de Greve dos Docentes da UFTM
Uberaba, 18 de julho de 2012

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