quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Servidores da Capes deflagram greve

Paralisação deve atingir CNPq nesta terça

A Associação dos Servidores da Fundação Capes (Ascapes) aprovou deflagração de greve a partir desta segunda, 13 de agosto. É mais um setor do funcionalismo federal a iniciar uma paralisação. Já os servidores do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) realizam assembleia geral nesta terça, 13, quando também podem aderir ao movimento paredista, conforme edital de convocação publicado pela associação classista (Ascon). A justificativa para a movimentação nesse segmento é, a exemplo de outros setores do funcionalismo, a intransigência do governo no tratamento aos servidores da área de Ciência e Tecnologia.

Para o presidente da SEDUFSM e diretor do ANDES-SN, Rondon de Castro, os fatos recentes apenas reforçam a convicção de que o governo Dilma foi empurrando os conflitos com os servidores com barriga. “Desde que a presidente assumiu, o que tem ocorrido é um processo de enrolação. E, com isso, o que temos agora é uma insatisfação generalizada, o que deve obrigar o governo a deixar sua postura arrogante de lado e negociar”.

Por outro lado, Rondon vê na paralisação dos servidores dessas entidades a oportunidade para que se repense, dentro das universidades, essa constante tentativa de fazer da pós-graduação um ente apartado do restante. “Temos que conscientizar a todos que a greve é da universidade e não apenas da graduação”, destacou.

Desrespeito
Em nota publicada no site da Ascapes, a entidade afirma que “vários programas da Capes podem ser prejudicados por uma postura desrespeitosa do Governo em relação aos servidores da Ciência e Tecnologia.”

Acrescenta ainda a nota da Associação que:

“A AsCapes entende a importância da Capes para o desenvolvimento da Educação, Ciência e Tecnologia e do Brasil como potência e como um país mais justo (e sem miséria!), mas também sabe que o principal instrumento para tal é o trabalho sério e comprometido de seus servidores. A frustração em relação às negociações com o Governo, após longos meses de reuniões, resultou na insatisfação geral dos servidores da Carreira de C&T que se mobiliza, sem alternativa, para uma greve geral da categoria, objetivando uma negociação séria e justa quanto às questões salariais, de condições de trabalho e a pauta nacional.”

A nota finaliza dizendo: “Nossa preocupação primária como servidores públicos de carreira é com o futuro da Educação, Ciência e Tecnologia, com bolsistas e pesquisadores e com a construção de um país menos desigual. Por isso, em prol da continuidade das atividades da Capes, esperamos encerrar nossa mobilização o mais brevemente possível.”

Fonte: SEDUFSM (13/8/2012)

Nenhum comentário:

Postar um comentário