Professores da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e da Unifesp (Universidade
Federal de São Paulo) podem entrar em greve nesta terça-feira (12),
após assembleias que vão decidir pelo ingresso no movimento nacional de
paralisação das universidades federais. Até o momento, 39 delas estão
paradas, além de 3 institutos federais.
O presidente da Adufrj (Associação dos docentes da UFRJ), Mauro Iazi,
trabalha com uma tendência da aprovação da greve na assembleia marcada
para as 12h30. “Vivemos a contradição da expansão do ensino superior,
sem recursos para acontecer. É preciso a regulamentação do plano de
cargos, carreiras e salários, a reestruturação da carreira, a
valorização do professor”, declarou.
Na UFF (Universidade Federal Fluminense), os professores
entram em greve hoje. Uma assembleia está marcada para as 14 horas no
auditório da Faculdade de Educação para traçar os rumos do movimento
grevista. Às 16 horas, os professores fazem manifestação na Praça do
Araribóia, em frente à Estação das Barcas em Niterói.
Em São Paulo, a Unifesp já tem dois campi em greve (Diadema e Baixada
Santista), mas os outros podem paralisar as atividades após uma
assembleia marcada para o meio-dia de hoje. Entre os que devem entrar em
greve, estão os campi da capital paulista, Osasco e São José dos Campos.
Segundo o Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de
Ensino Superior), a categoria luta pela reestruturação da carreira de
docente e por melhores condições de trabalho.
Em Minas, professores aplicam avaliações
Os docentes das Universidades Federais de Uberlândia, Viçosa e Alfenas,
em Minas Gerais, aderiram à greve nacional dos professores. Segundo os
responsáveis pelo movimento grevista, de 50% a 60% dos professores estão
oficialmente em greve, mas alguns optaram por concluírem as avaliações
de final de semestre.
Na UFV (Universidade Federal de Viçosa), segundo a
presidente do comando local da greve Márcia Fontes Almeida, há mil
docentes divididos nos campi Viçosa, Rio Paranaíba e Florestal. No dia
15 deste mês foi feita uma assembleia entre 200 professores e 183
declararam serem a favor da paralisação. "Não temos o número exato de
professores que estão parados, mas sabemos que é metade. Vamos fazer uma
reunião na próxima quarta-feira para definir os rumos da greve e
informar os professores sobre a pauta".
Mesmo com a greve declarada, a presidente explica que houve um acordo
para que as avaliações que já estavam agendadas até o fim desta semana
fossem aplicadas. "Nós dividimos o comando em comissões e uma delas
avalia as exceções, caso seja necessário aplicar alguma atividade ou
avaliação após esse prazo", disse.
Na UFU (Universidade Federal de Uberlândia), a situação é
parecida. De acordo com o presidente do comando local, Antônio Cláudio
Moreira Costa, 50% dos 1,8 mil professores do ensino básico e superior
dos campi de Uberlândia, Pontal do Triângulo Mineiro e de Patos de Minas
aderiram ao movimento.
Já o campus de Varginha da Unifal (Universidade Federal
de Alfenas), segundo a presidente do comando de greve daquela região,
Francisca Isabel Ruela, está totalmente parado. A Universidade conta com
três campi, a de Alfenas, Varginha e Poços de Caldas. Ao todo, são 360
professores concursados. Desse total, 83 paralisaram as atividades. "Vamos fazer a recontagem, porque houve mais adesões", disse
Em Juiz de Fora, a greve na UFJF (Universidade Federal
de Juiz de Fora) começou nesta segunda. Pela manhã, os professores
distribuíram panfletos pelo campus e em algumas ruas da cidade com a
pauta de reivindicações. Além das reivindicações nacionais, os
professores pedem maior transparência nas deliberações da administração
da universidade e abertura mais vagas para docentes. Em nota, a
Administração Superior da UFJF disse que "respeita" a mobilização.
Os professores da UFTM (Universidade Federal do
Triângulo Mineiro), em Uberaba, aderiram ao protesto na quinta-feira
(17). Segundo o representante da diretoria de comunicação da associação
de docentes, Bruno Curcino, a greve está em expansão, mas cerca de 42%
dos alunos (2 mil estudantes) já estão sem aulas. A universidade
informou que na sexta-feira dos 400 professores, cerca de 100 aderiram
ao movimento. As aulas do turno da noite não aconteceram porque os
alunos também apoiaram a greve e resolveram parar as atividades.
Na Ufop (Universidade Federal de Ouro Preto), a greve
gera grande mobilização de docentes com apoio de alunos desde
quinta-feira. De acordo como o presidente da seção sindical, David
Pinheiro Júnior, são 600 professores na instituição e adesão é de quase
100%. Além dos apelos de âmbito nacional, os educadores também
questionam o número excessivo de alunos por turma e a sobrecarga de
hora-aulas para os professores. A reitoria disse que não vai comentar
sobre a greve.
A UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), por sua
vez, não aderiu à greve pelo fato de seus professores não estarem
filiados à Andes-SN, o sindicato nacional da categoria.
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