sexta-feira, 29 de junho de 2012

Grevistas da UFTM discutem Empresa de Serviço Hospitalar

Técnicos administrativos da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, que estão em greve há 28 dias, se reuniram com reitor da instituição, Virmondes Rodrigues Junior. O encontro foi a oportunidade para discutir sobre a Empresa Brasileira de Serviço Hospitalar, que vai privatizar o Hospital de Clínicas.

De acordo com a coordenadora-geral do Sinte-MED, Mirtes Reis, uma das reivindicações da categoria é justamente esta, contra a privatização do Hospital de Clínicas, haja vista que surgiram especulações de que o reitor já havia assinado um documento, dando o primeiro passo para a terceirização do hospital. “Nesta semana, o reitor já estava com reunião agendada com o conselho universitário, e o comando de greve aproveitou a oportunidade para apresentar as reivindicações e questioná-lo sobre esta privatização. Mas ele nos garantiu que não assinou nenhum documento sobre este assunto, apesar de que os diretores já anunciaram que o hospital está sendo gerido por uma empresa”, explica Mirtes.

Entretanto, esta garantia foi dada pelo reitor em uma reunião realizada na quarta-feira pela manhã, e no período da tarde, em um encontro com o comando de greve dos docentes, o discurso era outro. “Ele disse aos professores que realmente assinou a carta de intenção aderindo à empresa, e que a mesma já foi enviada ao Ministério da Educação”, afirma a sindicalista.

Diante desta situação, Mirtes afirma que Virmondes estava sendo omisso com suas palavras, dizendo algo para o comando de greve dos técnicos administrativos e outra posição totalmente diferente aos docentes. “Queremos algo concreto. Diante disso ficou acertado que vai ser realizada uma plenária na semana que vem, em que o assunto será discutido com a comunidade”, explica Mirtes, ressaltando que o assunto será esclarecido.

Já em relação à greve, segundo Mirtes, a adesão de técnicos é grande, cerca de 60% de trabalhadores estão parados. Mas quanto à negociação com o Governo Federal, ainda não existem avanços, a greve continua por tempo indeterminado.

Fonte: Jornal da Manhã (29/6/2012)

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