Sabrina Alves
A greve dos docentes e discentes da Universidade Federal do Triângulo Mineiro
(UFTM), que também atinge outras 45 universidades federais em todo o país, já
dura mais de 15 dias. Segundo a professora do curso de Letras da UFTM, Juliana
Bertucci, os docentes continuam com a mobilização e já registram um aumento
significativo de adesão de professores.
Segundo informações, em Uberaba, cerca de 60% de todo o efetivo docente já aderiu à
paralisação. "A adesão está sendo muito aceita. Em alguns institutos da
universidade, as atividades foram totalmente paralizadas, como no caso do [ICBN] –
Instituto de Ciências Biológicas e Naturais, e do IELACHS – Instituto de
Educação, Letras, Ciências Humanas e Sociais. No caso do [ICENE] – Instituto de
Ciências Exatas, Naturais e Educação, quase 100% das atividades também já foram
paralisadas", relata.
"Nossa preocupação é com a falta de divulgação. Não pretendemos ter uma greve tão
extensa, mas sim que a situação das melhorias na qualidade de trabalho e o plano
de carreira sejam esclarecidos e aceitos pelo governo federal", aborda a
professora.
No ano passado, o governo federal já havia acordado com a categoria, quando foi
proposta a revisão do plano de carreira para 2013 e um aumento de 4%, a partir
de março, mas, até o momento, nada foi feito.
Na última semana, os representantes grevistas iriam participar de uma negociação
junto ao Ministério do Planejamento, mas o encontro foi adiado pelo próprio
governo. "Iríamos nos reunir com o Ministério do Planejamento, mas a reunião foi
simplesmente adiada, sem nenhuma justificativa prévia. A reunião, a princípio,
havia sido remarcada para hoje, mas, até o momento, nem ao menos recebemos as
informações de horário e local a ser realizada. Esperamos que não seja novamente
desmarcado, o que seria um desrespeito para com o movimento", relatam os
professores membros da comissão grevista, Juliana Bertucci e Bruno Cursino.
O ministro da Educação, Aloízio Mercadante, fez um apelo, no qual pede que os
professores retomem suas atividades. Em divulgação, o Ministro justificou o
atraso nas negociações, por conta do falecimento, em janeiro, do secretário
executivo do Ministério do Planejamento, Duvanier Costa, na época responsável
pelas negociações salariais para todos os funcionários federais.
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