Jorge Wamburg
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A reunião realizada hoje (9) entre o secretário de Relações do Trabalho
do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Sérgio Mendonça, e
líderes sindicais dos servidores públicos não alterou o panorama da
greve da categoria, apesar da determinação do corte de ponto dos grevistas feita na última sexta-feira (6) por Mendonça.
Na reunião, representantes do governo e sindicalistas não chegaram a
qualquer acordo para encerrar o movimento, iniciado no último dia 18 de
junho e que afeta o funcionamento de diversos órgãos e universidades
federais. Ficou acertada nova reunião para próximo dia 18, segundo a a
ssessoria de comunicação do ministério.
Participaram da reunião, realizada na Secretaria de Relações do Trabalho, dirigentes
da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal
(Condsef) e do Sindicato dos Servidores Públicos no DF (Sindsep), ambos
filiados à Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Na reunião, um dos temas foi a Lei 12.277/10, que criou tabela salarial
diferenciada para cinco cargos de nível superior (NS) do Executivo. A
Condsef e suas filiadas querem a equalização de todas as tabelas dos
servidores de NS, com mesmo percentual de reajuste para servidores de
níveis intermediário (NI) e auxiliar (NA). A confederação pretende que a
equalização alcance todos os níveis e, para isso, vai encaminhar uma
proposta ao Ministério do Planejamento.
Para a próxima quinta-feira (12), as lideranças sindicais dos servidores
preparam manifestação em frente ao Palácio do Planalto contra o corte de
ponto dos grevistas determinado pelo governo.
Segundo o diretor de Formação Política da Condsep, Carlos Henrique Bessa
Ferreira, na ocasião, será queimada cópia do documento em que a
Secretaria de Relações determina aos gestores de recursos humanos do
governo federal o corte do ponto dos servidores que não comparecerem ao
trabalho. Bessa explicou que o documento será queimado porque, para os
servidores, representa um "atentado" ao direito de greve.
Fonte: Agência Brasil (9/7/2012)
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