segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Greve já atrasou em quase 90 dias calendário da UFTM em Uberaba, MG

A reitoria informou que o 2º semestre começa só quando o 1º for concluído.
Os professores querem plano de carreira e melhores condições de trabalho.

Do G1 Triângulo Mineiro

O calendário de 2012 da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) já está atrasado em quase 90 dias em função da greve dos professores e servidores. A Universidade aderiu ao movimento nacional no dia 17 de maio e a paralisação tem o apoio do movimento estudantil.

Oitenta por cento do corpo docente está em greve e aproximadamente 70% dos alunos estão sem aulas. O governo já apresentou duas propostas de negociação que foram rejeitadas pelo Comando Nacional. “As nossas reivindicações não são salariais, mas sim por melhor plano de carreira e melhores condições de trabalho”, destacou a professora Juliana Bertucci.

O calendário de reposição da UFTM só será definido depois que a greve acabar, mas a reitoria já informou que o segundo semestre só começa depois que o primeiro for concluído, ou seja, depois que todas as aulas forem repostas. O pró-reitor Acir Mário Karwoski explicou que somente a matrícula dos alunos que vão começar a faculdade neste semestre foi liberada, mas eles também terão que aguardar a reposição para começar o ano letivo. “Assim que a greve acabar o Conselho de Ensino será convocado para elaborar um calendário de reposição das atividades letivas do primeiro semestre para, em seguida, estabelecer um novo calendário do segundo semestre e encerrarmos assim os 200 dias letivos, no mínimo, previstos para 2012”, ressaltou Acir.

Apesar de estar há quase três meses sem aulas a estudante de serviço social, Fernanda Clara Gutierrez, defende que um acordo só seja firmado quando as reivindicações forem atendidas. “A gente já tem uma noção que vamos ter aulas em finais de semana e nas férias. Isso é normal em todo o movimento de greve”, afirmou.

O estudante de engenharia de produção, Luís Felipe Moura, também faz parte do grupo que apoia a greve. “A gente apoia essa causa docente, mas também damos apoio às nossas pautas locais, que é de infraestrutura e auxílios que influenciam diretamente no nosso aprendizado”, disse. Fernanda Souto, graduanda em medicina, explicou que as pautas locais têm o objetivo de melhorar a qualidade de ensino da universidade.

Rayana Beatriz Silva de Vasconcelos é caloura de enfermagem e toda a expectativa de ingressar na universidade federal vai ter que esperar, já que as aulas que começariam no dia 30 de julho foram adiadas sem data prevista. “Eu me empolguei quando passei e depois fui desempolgando porque não sei quando vai começar. Tenho que esperar para repor as aulas primeiro”, lamentou Rayana

Fonte: G1 Triângulo Mineiro (6/8/2012)

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