sábado, 28 de julho de 2012

A Assembleia Geral dos Docentes da UFTM rejeitou, mais uma vez, a proposta do governo

Os docentes da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM-Uberaba), em Assembleia Geral (AG), realizada no dia 25 de julho de 2012, às 13h30, no anfiteatro B, do Centro Educacional e Administrativo (CEA), rejeitaram, por unanimidade, a nova proposta apresentada pelo governo federal. Ficou marcada para o dia 31 de julho a próxima assembleia dos docentes da UFTM.

A “nova” proposta do governo, apresentada no dia 24 de julho, praticamente não mudou em relação à primeira, apresentada no dia 13 de julho. A “nova” proposta foi rejeitada pelos docentes da UFTM por não atender a reivindicação de reestruturação da carreira docente e também não contemplar os itens da pauta nacional, como a melhoria das condições de trabalho, além de continuar consolidando o produtivismo e a competitividade nas universidades e estimular um “novo” padrão de IES, que prioriza somente a formação imediata da força de trabalho e favorecer processos de privatização.

Alguns docentes revelaram suas preocupações quanto à possibilidade de avanço na conquista de direitos devido ao endurecimento da postura do governo, porém, depois das falas dos representantes do Comando Local de Greve dos Docentes, principalmente, do Prof. Gilberto de Araujo Pereira, professor da área de Estatística da UFTM-Uberaba, e de outros professores presentes na AG, o clima passou a ser de insatisfação com o governo federal e de certeza que a greve, ou melhor, a luta pela melhoria nas universidades públicas, deve continuar. Os professores também se mostraram preocupados com a divulgação de informações falsas na mídia, incentivadas pelo governo federal, que acabam por colocar a população contra os docentes universitários.

Durante a Assembleia, o Prof. Gilberto de Araujo Pereira apresentou tabelas comparativas, por ele elaboradas, e explicou, principalmente, as perdas salariais que continuamos a ter com a nova proposta e a desproporcionalidade entre as Promoções/Progressões docentes. O “aumento” de 45% continua ainda contemplando somente uma pequena parcela da categoria docente. No caso da UFTM, especificamente, que possui aproximadamente 482 professores efetivos e ativos, apenas 11 professores (menos de 2%) seriam contemplados com esses 45%. Além disso, a nova proposta ainda fere a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), pois estipula 12h/aula como o mínimo de carga horária obrigatório. Este aumento em relação à carga horária mínima vigente, que atualmente é de 8 horas/aula, resultará em dificuldades para a manutenção da pesquisa e da extensão, atividades docentes tão importantes quanto o ensino.

Foi aprovado, por unanimidade, o desenvolvimento de ações para intensificar a mobilização: (i) elaborar uma cartilha, direcionada à comunidade, esclarecendo sobre os motivos dos docentes continuarem em greve e esclarecendo que a pauta nacional é mais ampla, não é só salarial e (ii) utilizar a Rádio e a TV Universitária de Uberaba para divulgar o movimento, esclarecer sobre a greve e desmascarar a proposta do governo; (iii) realizar de atos unificados; (iv) produzir e divulgar um vídeo-aula explicativo com uma critica reflexiva sobre a proposta de acordo do governo a ser divulgado em facebook, youtube etc.

A GREVE É FORTE. A LUTA É AGORA!

ADUFTM-SSIND e Comando Local de Greve dos Docentes da UFTM
Uberaba, 26 de julho de 2012

Veja também:
A Assembleia Geral dos Docentes da UFTM rejeitou, mais uma vez, a proposta do governo (pdf)
Comunicado ADUFTM-SSIND - 25/7 (pdf)
Comunicado Especial - CNG/ANDES-SN - 26/7 (pdf)
Comunicado Especial - CNG/ANDES-SN - 23/7 (pdf)

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